quinta-feira, 24 de março de 2016

CRÍTICA ESPECIAL: À bordo da Discovery I (PERIGO)


Universos paralelos: Clarke e Kubrick em uma odisseia

Livro e roteiro do filme foram pensados e produzidos ao mesmo tempo

                                                                                            Guilherme de Moraes Corrêa

     E esse foi o livro mais demorado da Editora Aleph que já tive que ler, dentro de uma razão bastante complicada: "não é fácil de entender e tem muita coisa para decifrar". E o pior é que Stanley Kubrick disse na época numa entrevista: "Se você entendeu 2001: Uma Odisseia no Espaço completamente, então nós falhamos".
       Existe um paradoxo nessa frase aí, ao mesmo tempo que os grandes mestres da ficção-científica, cientistas, historiadores, pesquisadores do assunto um tanto complicado de entender esse universo paralelo e doido imaginado por Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick que trouxe para o cinema, que fez dele um visionário, eles não entenderam e entenderam o que fizeram.
        E o mais impressionante é que eu nunca assisti ao 2001, estava esperando o momento certo para assistir, até que fiz uma descoberta um pouco boba, descobri que tem a obra-original escrita por Arthur C. Clarke. E sem saber eu já li uma obra dele e você pode ler a crítica dele no link seguinte: O Fim da Infância
        E até que obtive em mãos o famoso "2001: Uma Odisseia no Espaço", em pleno 2016, depois de 48 anos, é quase uma boa viagem no tempo. E voltei literalmente no "futuro de 1968" a época que foi lançando o filme e em seguida a circulação do livro. E não fazia a miníma ideia do que se tratava esse ficção-científica e só ouvia a galera dizendo que 2001 é complicado e ninguém entende quase nada.
      E como é do meu costume, eu sou sempre o curioso, gosto desse clima de coisas complicadas, torna elas tão originais e complexas. Acredito que é por isto que as coisas ganham uma importância com o tempo e tornam-se clássicos. E não é diferente quando ouvi falar desse filme de Stanley Kubrick, conheço o cineasta de seus outros trabalhos como Lolita, O Iluminado, Laranja Mecânica.
       E acho relevante levar em consideração que eu tive que criar uma coragem para tocar nessa obra, porque apesar de tudo, eu senti medo da capa-caixa preta com um olho vermelho de um computador avançado com inteligência artificial e o livro mesmo é preto, digo inteiro até as bordas dele e achei super bizarro, me deu um desconforto e desconhecia o porque de tudo isto.
      E finalmente comecei a ler e aí eu descobri na leitura que o livro é preto e tem o formato do objeto sinistro chamado A.M.T-1 que é o grande foco da história, chega a ser esquisito porque de alguma forma, apesar de não mover. O leitor acaba ficando com medo desse monólito ganha vida de uma forma muito assustadora que vira um personagem antagonista.
      A ideia principal do livro é que Clarke consegue nos cativar para entender ou não essa coisa "ODISSEIA NO ESPAÇO", que pode trazer diversas interpretações e entendimentos de diversos pontos de vista, é um livro que nos faz pensar e questionar algumas coisas que não reparamos às vezes na natureza.
        Os capítulos e a história é dividida em partes e em cada parte tempos histórias que ligam uma na outra por algum motivo, mas que no primeiro momento o leitor sente-se perdido, confuso, até porque parecem contos de um mesmo foco, que chega a ser interessante que isto é muito usado na série "Black Mirror".
    A escrita consegue ser complexa em termos de que Clarke deixa o leitor com medo dos personagens, do ambiente um tanto surreal que nos leva a pensar que pode ser verdade de alguma forma na nossa imaginação. A minha ideia principal é que leitura é um conjunto de histórias sobre a origem e a transformação do homem-macaco e sua obsessão por exploração científica e que existem consequências de um perigo inexplicado: estamos ou não sozinhos no universo.
        E depois de finalizar o livro, foi tão esquisito porque ainda no fim tem o capítulos extras, que na verdade são os contos que originaram o livro: A SENTINELA e ENCONTRO NO ALVORECER que mostra uma visão mais complexa e diferente do livro, até porque no livro é um narrador-observador, já nos contos o personagem é que conta (1ª pessoa) e depois veio um silêncio inexplicável quando fechei o livro.
        E me veio a ideia na cabeça, eu preciso ver a adaptação de Stanley Kubrick, corri atrás do Blu-ray, a edição remasterizada e tudo que eu pensei foi, agora estou preparado para uma experiência de viagem no tempo no "futuro de 1968". E confesso fiquei de queixo no chão por vários motivos, Kubrick soube trazer um pouco de tudo da essência do livro.
       A trama toda do filme nos leva para uma expressão artística e científica sobre o perigo entre o homem e a ciência das coisas astrológicas. E confesso que fiquei bastante assustado com as cores, efeitos especiais, figurino, traje astronáutico ser bem vintage. O som da trilha sonora, a tela preta no começo do filme, o suspense, o cenário é algo tão mágico que duvido muito que o cinema de hoje é capaz de fazer algo melhor do que Stanley Kubrick em 2001.
         E a quem for assistir, meu conselho é que você vai cair num buraco negro mais louco que o País das Maravilhas criado por Lewis Carrol e vai ser difícil sair dele depois, então é melhor ler o livro de Arthur C. Clarke para não entrar em parafusos e em segurança, você vai se sentir um pouco mais em segurança no buraco negro louco de Stanley.
        E a minha reflexão é que talvez o fim do filme seria um novo começo na Terra ou a destruição do nosso planeta azul? E a ideia da obsessão do homem-macaco que é chamado no livro de "aquele-que-vigia-a-lua" pode ser o Dr. Heywood R. Floyd na outra história, outra vida, o salto no tempo é tão radical. E depois passa 18 meses, na missão de Saturno, ele é outro homem obcecado pelo mistério do monólito A.M.T-1 e pela Luas de Saturno na pele do Dr. David Bowman.
       E essa parte da história é um tanto estranha é que ele é contra as regras da missão na Nave misteriosa Discovery I de ter um tripulante que é uma máquina de inteligência artificial muito fria e misteriosa que esconde um segredo sobre o monólito que tem o nome de [HAL - 9000] que é capa-caixa do livro e sombria no filme, a voz um tanto rouca de robô que chega a ser quase humana.
       A trama nos leva para uma morte violenta e misteriosa de um tripulante, à uma inesperada entrada dentro de um espaço sideral que é tão radical que provoca desconforto no Bowman que ele passa pelo infinito no fim do universo e entra num quarto, ao passar por toda a loucura ele envelhece tão monstruosamente na cama, com a aparência que parece estar morrendo de um câncer e vira um bebê solto no Universo de frente para a Terra.
      E a coincidência é tão bizarra que o nome do personagem soa como David Bowie, sim o camaleão do rock que morreu de câncer recentemente, pode parecer coisas muito da minha ideia, mas o David Bowman "morreu de uma forma" tão científica que inspirou a despedida do David Bowie no último clipe lançado do último álbum.
         E olha que esquisito o último álbum de despedida chama-se Blackstar e o último clipe parece muito com a ideia do final do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço. Deitado na cama, velho, com os olhos vendados e aparece como se fosse um outro ele com macacão de lycra com umas faixas de Glitter prata na vertical e entra dentro de um guarda-roupa.
          O uso de metáforas, figuras de linguagem, teorias tanto no final do filme e o último clipe que tem o nome de Lazarus, chega a ser tão assustador que ficou meio estranho eu ver isto em uma viagem no tempo do "futuro de 1968" de Clarke e Kubrick da entrada do homem-moderno na era 2000 e a despedida de um ídolo que eu gostava muito e muita gente tinha ele como referência para o mundo da música, moda e história no "futuro de 2016". E para mim pode ser tão profundo, outros já vão dizer que pode ser apenas coincidência ou mero delírio, não sei, é tudo tão inspirador e assustador que é difícil de acreditar.
           E por fim, gostaria muito que as pessoas pudessem analisar, ler, assistir e relacionar com essa coincidência do David Bowie com David Bowman, me deu um embasamento sobre o vazio, a solidão existente e alienígena do monólito preto chamado de A.M.T.-1 ser um "câncer" que matou ou transformou o David Bowman em bebê gigante. E do outro lado pode ser o álbum Blackstar que o desenho da capa é uma estrela preta que matou ou transformou o David Bowie, depende muito do ponto de vista de cada um, como uma despedida mesmo, já que ele era mesmo um artista que veio de "outro mundo".

VEJA AS FOTOS DO FILME, DO LIVRO E OS CLIPES "BLACKSTAR" E "LAZARUS" E ANÁLISE FRIAMENTE COMO EXISTE ALGO MUITO PARECIDO COM 2001: UMA ODISSEIA NO ESPAÇO:













































CLIPE DE "DESPEDIDA ARTÍSTICA" do David Bowie à Terra que lembra muito o final do filme/livro 2001: Uma Odisseia no Espaço

LAZARUS


BLACKSTAR


ALGUMAS FRASES INESQUECÍVEIS PARA PENSAR NO UNIVERSO:






ALGUNS LANÇAMENTOS DE MARÇO DE 2016 (JÁ QUERO...)







O QUE VEM PELA ALEPH EM ABRIL DE 2016 (SHOW!):





E para DEIXAR TODO MUNDO POR DENTRO DESSE LANÇAMENTO, você já pode ler um trecho dele clicando logo abaixo no link:


Agora é hora de correr para 2001: UMA ODISSEIA NO ESPAÇO, faça a sua escolha só no livro ou só no filme...OS DOIS é bem legal e uma EXPERIÊNCIA INCRÍVEL:


ESPERO QUE TENHAM GOSTADO...DA CRÍTICA, DAS NOVIDADES, VAI VIR MAIS EM BREVE...

"STAR WARS: ACADEMIA JEDI por Jeffrey Brown (VOLUME 1)"

"STAR WARS LEGENDS: TROOPERS DA MORTE"

"STAR WARS LEGENDS: SOMBRAS DO IMPÉRIO"

"STAR WARS: TARKIN"

"O TRONO DE DIAMANTE (VOLUME 1)"

"O CAVALEIRO DE RUBI (VOLUME 2)"

"STAR WARS: O HERDEIRO DE JEDI"

"STAR TREK: PORTAL DO TEMPO"

"UM REFLEXO NA ESCURIDÃO"

"GUERRA DO VELHO"

Até TARKIN está aqui na lista e na fila para ler, depois os novos ainda estão para chegar, a Editora Aleph precisa mandar para o blog manter a galera ansiosa para ler a crítica e correr atrás para pegar o seu exemplar...Espero que dê tudo certo...!!!

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